quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

McJesus: FastFaith da igreja brasileira

"Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola, picles e um pão com gergelim!” Essa é a oração que muitos tem feito. Oração? Ficou doido de novo! Pode até ser, mas pessoas têm feito essa oração e talvez até você mesmo! “Como assim”, você se pergunta. Explico: Somos a geração da pressa, da rapidez da velocidade, da correria, do FAST FOOD! Você já comeu em um restaurante assim em sua vida, tenho certeza. Quem não gosta de um Big Mac? Alguns raros seres humanos. Em grande maioria, todos gostamos. E por quê? Porque é gostoso, mas principalmente porque é rápido de ser feito. Aliás, se você escolher Big Mac não precisa nem esperar. Na verdade ele já está lá naquela prateleira de inox esperando ansioso para ser devorado por você! Comemos sem nos importar com o fato de que se trata de um dos alimentos menos saudáveis que existem! Mas é rápido! Se eu estiver com pressa, me atende no mesmo instante. Você simplesmente chega lá e diz: “Me dá uma número um!”. Não é? E você devora aquilo em questão de segundos! Nem percebe, mas se brincar em três mordidas... Acabou! Só restam as calorias inflamadas em seu interior!

A síndrome do FAST tomou conta da Igreja, e juntos, em uníssono, oramos a preciosa oração do McJesus (Jesus in English!). “Dois milhões de Euros, palácio, jato, benção especial, flash e clicks, mansão com limosine". É o MacJesus! É o MacJesus!

É a mais pura verdade: Querem o que chamam de bênçãos divinas na mesma hora, no mesmo segundo. Querem as riquezas que esse mundo pode oferecer, afinal de contas, são filhos do Rei. Como filhos do Rei, não podem sofrer, não podem passar por provações e privações. São seres prósperos e intocáveis. Pessoas que acham que acharam Jesus, e por isso se acham, mesmo não tendo ele se achado. Lê de novo essa frase; eu sei que ficou embolada! Rs, rs. A moderna FAST FAITH (Fé rápida) é perigosa e seus desdobramentos serão responsáveis pelo aniquilamento da igreja e de sua missão. Você não precisa concordar comigo. Já estou meio acostumado a remar contra a maré.

Nós somos um bando de palhaços, essa é a verdade. Achamos que o certo é eu ter um jato particular e ir até a África demonstrar minha prosperidade e a fidelidade de Deus na minha vida. Chegando lá prego para as pessoas mais miseráveis do planeta e afirmo que Jesus vai prosperá-los se o reconhecerem como Salvador.

Essa fé mentirosa, que acha que Deus é máquina de CocaCola que você põe 1 real e ela cospe a sua benção imediatamente, pode ser responsável pelo maior fracasso da Igreja em toda sua história. Nunca se teve tanto dinheiro e se fez tão pouco! Se ensinamos aos jovens e crianças de hoje que eles têm que ser os mais prósperos do mundo, que têm de ter todos os itens da oração do MacJesus atendida, como essas pessoas serão capazes de viver e conviver em situações de privação por causa da Missão que nos foi designada, seja aqui, seja na África. “Mas isso não ocorrerá”, pode dizer um pregador. Palhaço, sem vergonha, mentiroso, canalha, enganador, suplantador, aproveitador (parece que estou descrevendo Satanás!). Faço a você o convite de ler Hebreus 11. Se não concordar, queime sua Bíblia e vá viver no Reino Encantado de Ronald McDonald e seus amigos.

Minha fé não é macarrão instantâneo, não é Nissin Miojo. Ela não está interessada no que Ele pode me dar. Ela não se baseia nas condições de minha vida, se sofro, se não, se sou rico, ou não. Próspero sou, porque tenho a pérola de grande valor. Isso me basta. Do resto, quero simplesmente me submeter a sua preciosa vontade, seja para o que for. Quero entrar na galeria dos heróis da fé, dos quais o mundo não é digno, saca? Não me interessa nem um pouco outra coisa. Oro assim: “Dois testemunhos, ou mais, tesouro e morada celestial, completei e guardei a carreira até o fim”. É ser como Cristo, como Cristo!

Fonte: Crente Q.I. Pensa! [Via: Púlpito Cristão]

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